BEATRIZ ANGÉLICA MOTA FERREIRA DA SILVA
O Caso Beatriz Angélica refere-se ao assassinato de uma criança de sete anos, morta durante uma festa de formatura do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, Pernambuco.

No dia 10 de dezembro de 2015, no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, localizado em Petrolina, sertão de Pernambuco, estava acontecendo a festa de formatura de sua irmã, onde ambas estudavam e seu pai trabalhava.
Em um determinado momento da festa, Beatriz se afastou de sua família e foi para o bebedouro, depois disso nunca mais foi vista com vida.
Momentos depois, notaram a ausência da garotinha e muito preocupados, a família juntamente com todos da festa começaram a procurar Beatriz, que foi encontrada morta dentro de um depósito de material esportivo da escola, com uma faca cravada na região do abdômen. A menina também tinha ferimentos no tórax, nos membros superiores e inferiores.

CÂMERAS EXTERNAS

Nas câmeras de segurança fora do colégio, mostra um suspeito rondando o quarteirão do colégio, depois ele entra e passa pela quadra onde acontecia a festa e seguiu para o bebedouro.

O homem identificado nas imagens é o mesmo descrito por testemunhas como suspeito que estava no bebedouro no momento em que Beatriz foi abordada.
CÂMERAS INTERNAS
As imagens da câmera de segurança de dentro do colégio foram apagadas.

Alisson Henrique Carvalho é suspeito de apagar as imagens da câmera de segurança do dia do crime.
De acordo com as imagens divulgadas pela polícia, Alisson entrou em uma sala da escola onde ficava o aparelho que gerenciava quatro câmeras de segurança da escola. Sete minutos depois, a gravação é interrompida e o conteúdo apagado. O equipamento só voltou a funcionar no dia 22 de fevereiro. No dia em que as imagens foram apagadas, o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora recebeu um ofício da Polícia Civil pela manhã solicitando o equipamento.

"Ele foi o último a entrar na sala e após isso temos algumas coisas, mas está tudo em segredo de justiça. Houve uma solicitação no dia em que as imagens foram apagadas. Chegou esse ofício no colégio, no dia 4 de janeiro, no período da manhã e as imagens foram apagadas no período da tarde. Ele é considerado foragido. Não tem na decisão, concedida pelo Tribunal de Justiça nenhuma data para apresentação. Ou seja, ele a partir do dia 12 de dezembro ele já era considerado foragido", declarou a delegada responsável pelas investigações do caso, Poliana Nery.

As imagens que Alisson apagou foram recuperadas meses depois por uma empresa especializada em Minas Gerais. Elas mostram o assassino, Marcelo da Silva, andando ao redor do colégio, com uma faca na mão e em seguida entrando na quadra onde acontecia a festa de formatura.
EXAMES DE DNA

A polícia esclareceu que chegou ao suspeito a partir de exames de DNA na faca usada no assassinato.
O DNA encontrado na faca foi comparado com o material genético de 124 pessoas consideradas suspeitas ao longo dos seis anos da investigação.
Todas essas amostras foram coletadas pelos peritos do Instituto de Genética Forense do estado, desde 2015. A perícia constatou que nenhuma delas tinha ligação com o crime, a não ser Marcelo da Silva, que na época já estava preso por um outro crime.

O ASSASSINO
Apenas 6 anos e 1 mês após o crime, em janeiro de 2022, foi confirmada a identidade do assassino, Marcelo da Silva. O assassino foi denunciado por homicídio com as seguintes qualificadoras: motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante dissimulação, algo que dificultou a defesa da vítima. Também estava prevista a causa de aumento da pena em um terço, pois o crime foi praticado contra um menor de 14 anos.
Marcelo entrou no colégio e tentou estuprar Beatriz, porém ela começou a gritar, então ele a matou, com 42 facadas.
Em depoimento, dado no presídio de Salgueiro, Marcelo afirmou que nunca havia cometido um crime tão bárbaro.
"Eu não vou mentir, não. Eu sou o criminoso que cometeu aquele crime. Eu nunca cometi um crime na minha vida tão bárbaro igual a essa consequência que houve", afirmou Marcelo.
Marcelo também relatou que tinha ingerido bebida alcoólica no dia do crime e que não tinha a intenção de entrar na escola, nem de praticar algum crime, até porque ele pensou que era uma igreja e queria participar de um culto e beber água.
A CARTA
O advogado do Marcelo disse que ele escreveu uma carta dizendo que era inocente pois foi pressionado a confessar o crime.
Segundo a Secretaria de Defesa Social (SDS), Marcelo confessou o crime para dois delegados da força-tarefa responsável pela investigação do caso, logo depois de o DNA que tinha na faca utilizada no assassinato, apontar que ele seria o assassino.
A carta, segundo o advogado, foi escrita depois que ele assumiu o caso. Marcelo está preso no Presídio de Igarassu, no Grande Recife. No papel, o suspeito teria escrito que é inocente e que não matou Beatriz, ao contrário do que ele tinha dito à polícia.

"Eu sou inocente. Eu não matei a criança, eu confessei na pressão. Pelo amor de Deus, eles querem a minha morte. Preciso de ajuda, estou com medo de morrer. Quero viver, eu não sou assassino. Quero falar com a mãe da criança e com o Roberto Cabrine. Quero a proteção de minha mãe. Deus é fiel e justo", disse Marcelo na carta.
O novo advogado de Marcelo assumiu o caso depois que a advogada Niedja Mônica da Silva afirmou que o Marcelo chorava ao falar do caso e que quis confessar o crime para "aliviar o coração" da mãe de Beatriz, Lucinha Mota.
Rafael Nunes disse que recebeu a carta no mesmo dia em que ela foi escrita.
"Acredito, não. Tenho certeza".
Foi o que o advogado disse após ser questionado sobre a inocência de Marcelo no crime.
Imagens do caso
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